O papa Francisco rompeu nesta quinta-feira (21) com uma tradição de séculos que proibia a participação de mulheres no ritual de lava-pés durante a Quaresma, irritando conservadores e agradando ativistas dos direitos das mulheres.

Até agora, apenas homens ou meninos eram formalmente autorizados a participar do ritual, no qual um sacerdote lava e beija os pés de 12 pessoas em homenagem ao gesto humilde de Jesus para com seus apóstolos na noite anterior à sua morte.

Mas em uma carta para o departamento do Vaticano que regula os ritos de adoração, Francisco disse que o grupo deve ser composto por “todos os membros do povo de Deus”, incluindo mulheres.

O ritual acontece em paróquias católicas em todo o mundo na Quinta-feira Santa, quatro dias antes da Páscoa. No entanto, algumas paróquias da Igreja, que conta com 1,2 bilhão de fiéis, já incluíam mulheres e meninas, mas nos países em desenvolvimento a maioria ainda está presa às regras da Santa Sé.