O secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, disse que o maníaco Lázaro Barbosa Sousa, de 32 anos, repete o mesmo padrão de fuga realizado em 2008 em Barra do Mendes, no noroeste da Bahia, quando matou duas pessoas. Na época, ele fugiu por 15 dias, quando ficou escondido na serra e em grutas da região. Com fome e temendo ser morto, ele se entregou à polícia.

De acordo com o secretário, as equipes de Inteligência identificaram um padrão, na atuação do suspeito, que está sendo analisado. “Temos informações de que esse modus operandi [forma de atuação] dele já se repetiu alguns anos atrás na Bahia e ele ficou 15 dias no meio do mato, sem comida e sem água”, disse. “Nós estamos acreditando que ele está mantendo o padrão, mas está cada dia mais desgastado e cometendo erros, e é nesses erros que nós vamos pegar ele”, completou. Mais de 200 policiais fazem as buscas pelo suspeito na zona rural de Cocalzinho de Goiás.

Em entrevista à TV Bahia nesta quinta-feira (17), o sargento da reserva da PM, Valter Lourenço, que comandou as buscas à Lázaro Barbosa, relembrou o cerco. Ele contou que vaqueiros e lavradores da região ajudaram. Um deles apontou o local na serra onde Lázaro tinha um acampamento usado por ele quando saía para caçar. Quando a polícia chegou ao local, encontrou colchão, coberta e objetos para preparar comida.

Os policiais destruíram o acampamento e poucos dias depois Lázaro se entregou. À época, quatro PMs iniciaram as buscas, depois do sétimo dia receberam reforço.

Assim como em 2008, Lázaro também conhece a região por onde está se escondendo. Rodney Miranda voltou a dizer que o foco da força-tarefa é impedir que o suspeito, considerado de alta periculosidade, faça novas vítimas. “Ele não vai se entregar, conhece a região como ninguém, principalmente as grotas, e tem um poder de mobilidade muito grande. Nós estamos lidando com um psicopata, uma pessoa que, se puder, vai ter reféns e vai matar. Então a nossa intenção é não deixar ele fazer mais vítimas”, enfatizou.

Lázaro está fugindo desde o dia 09 passado, depois de matar quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia (DF).