O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negou ter negociado com um grupo de intermediadores a compra 30 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac que foram formalmente oferecidas ao governo por quase o triplo do preço ofertado pelo Instituto Butantan. O caso foi revelado na sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Enquanto estive como ministro da Saúde, em momento algum negociei aquisição de vacinas com empresários, fato que já foi reiteradamente informado na CPI da Pandemia e em outras instâncias judicantes”, escreveu o general da ativa em nota enviada à publicação após a reportagem.
Segundo Pazuello, na “Nota de Esclarecimento a ser Veiculada pela Folha de São Paulo”, a reunião com representantes da empresa “World Brands Distribuidora S/A (representante comercial da empresa chinesa Sinovac Biotech Ltd. no Brasil) ocorreu após um pedido formal endereçado ao Ministério da Saúde”.
Apesar de Pazuello ter dito no vídeo que havia assinado um memorando de entendimento para a compra, a negociação não prosperou.
A negociação em 11 de março teve o desfecho registrado em um vídeo em que o general do Exército aparece ao lado de quatro pessoas que representariam a World Brands, uma empresa de Santa Catarina que lida com comércio exterior. O ex-ministro não nega os fatos narrados na reportagem. O vídeo foi obtido pela Folha e também está com a CPI da Covid.
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