A prefeitura de Salvador encaminhou à Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (10), um projeto de lei que institui um conjunto de políticas para ampliar a atenção psicossocial, voltado sobretudo para pessoas em sofrimento psíquico, com transtorno mental e necessidades decorrentes do uso prejudicial do álcool e de outras drogas.

Os detalhes da iniciativa foram divulgados pelo prefeito Bruno Reis, durante coletiva à imprensa no Palácio Thomé de Souza, no Centro, ao lado do titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Leo Prates, entre outros gestores da pasta.

O prefeito e o secretário falaram sobre os efeitos que a pandemia já tem provocado nas pessoas e que, mesmo com a atenuação do vírus, devem continuar. “A pandemia deixou efeitos colaterais, seja na área social, de educação, ou em relação à saúde mental. Este é um plano importante para a cidade. E, se seguirmos à risca o planejamento, só devemos acertar”, disse Bruno Reis.

O secretário Leo Prates alertou que Salvador já prepara o sistema de saúde para enfrentar as sequelas pós-Covid, em especial referente à saúde mental. “É uma realidade. Hoje temos crianças em sofrimento por conta da Covid, adultos em situação igual. Nossa proposta é que todos os serviços voltados para a saúde mental ofereçam atendimento 24 horas”.

Leo Prates disse ainda que a intenção é que todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) tenham profissionais da área de psiquiatria para atender casos de urgência de pacientes que não estão seguindo um tratamento.

“A ideia é que não seja necessária a utilização dos hospitais para atendimento mental. Queremos que os pacientes mantenham o tratamento recomendado nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Iniciaremos com ações no Caps Maria Célia da Rocha (Praia Grande) e no Multicentro Carlos Gomes (Centro), e pretendemos alcançar todas as unidades de saúde até o fim da gestão”, explicou.