340x255_1397550Bancos pequenos, de público restrito ou segmentado e com poucas agências, praticam as menores taxas de juros do mercado, até em modalidades que tradicionalmente têm juros altos, como o cheque especial.

É o caso do banco Sofisa e do banco Alfa, que oferecem cheque especial com juros de 1,79% ao mês (a.m.) e 2,05% (a.m.), respectivamente. Ao ano (a.a.), os juros ficam entre 23,67 % e 27,64 %. O banco Alfa tem apenas uma agência em Salvador.

É pouco quando comparado aos 222,43 % (a.a.) do HSBC e dos 232,18 % (a.a.) do Santander, os bancos com os maiores juros para cheque especial do País, segundo o Banco Central (BC).

Dentro da categoria de crédito para a aquisição de outros bens, os campeões dos juros baixos são o banco John Deere, com média de 0,05 % (a.m.) e o CNH Capital, com 0,38 % a.m. Ambos os bancos têm clientes bem específicos.

Banco da montadora do grupo Case New Holland, o Banco CNH financia a compra de máquinas agrícolas e equipamentos de construção. O John Deer é um dos maiores fabricantes de maquinário agrícola e concede empréstimos para este segmento.

Variáveis

Os dados do BC representam uma média dos custos de juros praticados por cada banco em suas operações de crédito, informados pelas próprias instituições financeiras nos últimos cinco dias úteis. As taxas podem variar de acordo com o perfil do cliente.

De acordo com o diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, os bancos levam em consideração cinco variáveis para definir suas taxas de juros: o custo de captação do dinheiro, os impostos, as despesas administrativas, a inadimplência sofrida e a margem de lucro pretendida.
“Cada banco define sua política. Financeiras, por exemplo, têm perfil mais caro por causa do risco. Operações de crédito com garantias maiores têm juros menores”, afirma Oliveira.

Pesquisa

Entre os mais baratos, estão os financiamentos para automóveis e imóveis – que utilizam os mesmos bens como garantia – e o crédito consignado, com desconto em folha. Os mais caros são o cartão de crédito e o cheque especial.

Para não gastar mais do que o necessário, o diretor da Anefac aconselha o cliente a pesquisar. “As taxas variam muito e você pode barganhar”, diz. Como exemplo, um empréstimo pessoal não consignado de R$ 10 mil, em 36 vezes, pode ficar até sete vezes mais caro, a depender do banco escolhido.

No Votorantim, que pratica juros de 0,39% (a.m), o consumidor irá pagar ao banco no final do prazo R$ 10.737,72. Já se pegar o empréstimo no Daycoval, a juros de 22,01 % (a.m), o valor chega a R$ 79.297,56.

Para saber da média dos juros praticados por cada instituição financeira, o consumidor pode acessar a página do Banco Central na internet (www.bcb.gov.br).

Do A Tarde