Nas últimas sessões da Câmara de Vereadores de Ilhéus algo diferente vem acontecendo com relação ao posicionamento político do vereador Roland Lavigne. Pra quem só vivia depreciando Jabes Ribeiro de moleque, chefe de quadrilha e até mesmo ladrão, parece que os tempos são outros.

A gota d’agua foi percebida na última terça-feira, 30, quando ao apresentar um requerimento à mesa diretora exigindo a presença do Chefe do executivo para explicar alguns projetos enviados àquela casa pelo próprio prefeito, simplesmente, em seguida, Roland Lavigne retirou sem nenhuma explicação convincente sua proposição. O detalhe é que assim que Roland Lavigne apresentou tal requerimento, o mesmo foi chamado para uma reunião fechada com a bancada do prefeito. (Ninguém sabe o que ofereceram e/ou ameaçaram a Roland ou do que trataram). Além de retirar o requerimento, Roland Lavigne abandonou o plenário num momento de interesse da oposição.

Já nesta 4ª feira, dia 1º, Roland já trocara o seu lugar de assento. Passou a ficar sentadinho ao lado do líder do governo, vereador Luís Carlos Escuta, de quem começou a receber as ordens quanto às votações e posicionamento dos governistas.

O pau comendo na Câmara, Jabes sendo massacrado, Tarcísio tomando o maior calor e até mesmo gaguejando, e Roland quietinho, em nenhum momento pediu aparte e muito menos atacou Jabes ou foi de encontro a Tarcísio, mesmo sabendo que a Mesa diretora vem batendo cabeça. Pelo contrário, foi contra a bancada oposicionista em alguns momentos, inclusive aprovando todos os requerimentos de interesse de Jabes Ribeiro, sob a batuta de Tarcísio Paixão.

Ninguém, absolutamente ninguém, vem entendendo o posicionamento incerto e dúbio de Roland Lavigne. Será uma crise existencial? Ou será que existe promessa para o retorno do Hospital Vidamed ou o processo sobre sua cassação que tramita na Justiça pode ser arquivado?

Como dizia o velho Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.