“Todos são iguais perante a Lei, … (CF/88 art. 5º)

Babau tem que ir a Júri Popular!”

 

O Sindicato Rural de Ilhéus, diante da notícia da prisão de Rosivaldo Ferreira da Silva, que há alguns anos passou a se intitular cacique babau tupinambá, vem a público externar a sua esperança de que a apuração dos incontáveis ilícitos atribuídos ao mesmo, seja o ponto de partida para a restauração do Estado de Direito na Zona Rural dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema.

As ações violentas de Rosivaldo, de parte dos seus familiares e do grupo que o segue, dissimuladas como movimento indigenista, vêm sendo responsáveis pela destruição de um polo de produção de alimentos e frutas, implantado em terras secularmente/tradicionalmente ocupadas por pequenos agricultores familiares, portanto, seus legítimos proprietários, e que se encontrava consolidado, após maciços investimentos do Governo da Bahia e da União, desde o início da década de 70.

Relatórios do Ministério da Agricultura evidenciam que tratava-se de uma região de produção diversificada, que abrigava cerca de 3 mil famílias, mais de 22 mil pessoas, dezenas de associações, com uma geração de receita anual superior a 35 milhões de reais e que ofertava milhares de empregos. Uma agricultura familiar pujante, um verdadeiro caso de sucesso, que permitiu a emancipação econômico-social dos pequenos agricultores até 2009, quando Rosivaldo e seu grupo intensifica o processo de invasão de propriedades e de expulsão dos pequenos agricultores dos seus lares.

Decorridos mais de 6 anos de terror e barbáries, com saques, queima de propriedades, agressões físicas e psicológicas, tentativas de assassinato e assassinatos de pequenos agricultores, inclusive de um líder da Reforma Agrária, sem que nenhuma providencia efetiva por parte do Estado fosse tomada, o cenário no meio rural é de terra arrasada.

Ao tempo em que o Sindicato Rural de Ilhéus manifesta o seu apoio a todas as providencias, por parte das autoridades, para o reestabelecimento da Lei e da Ordem na zona rural, os seus representados destacam a expectativa de que Rosivaldo Ferreira da Silva seja mantido recluso e responda em juízo pelas centenas de crimes praticados, consoante denúncias registradas nos órgãos oficiais competentes, por vítimas e testemunhas de suas atrocidades e do seu grupo.

Por fim, apresentamos o nosso repúdio pelas tentativas condenáveis de setores radicais do governo e do movimento indigenista, de transformar algozes em vítimas e de desqualificar as ações da Justiça Federal Local e das polícias Federal, Militar e Civil, geralmente patrocinadas pelo CIMI e ONGs nacionais e internacionais tendenciosas.

 

SINDICATO RURAL DE ILHÉUS

RUA EUSTÁQUIO BASTOS, 196 – CENTRO ILHÉUS – BAHIA

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Ilhéus, Bahia 11 de abril de 2016