O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para quinta-feira (10) uma sessão extraordinária de urgência para decidir se será realizada ou não a Copa América no Brasil.

A audiência faz parte de um processo impetrado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o deputado federal Júlio César Delgado, que tem a relatoria da ministra Cármen Lúcia, responsável por solicitar a sessão, que foi aceita pelo presidente do STF, Luiz Fux.

De acordo com o despacho de Cármen Lúcia, os ministros deverão analisar em plenário, ao longo de 24 horas, como proceder com a competição. Ela argumentou que a marcação da sessão se deve à “urgência e relevância do caso e da necessidade de sua célere conclusão, considerando que se noticia o início da competição desportiva questionada para o próximo dia 13 de junho”.

Sustentações orais feitas pelos advogados das partes, ou seja, do PSB e da presidência da República, já estão autorizadas a serem feitas amanhã (9), para que depois os ministros apresentem seus votos.

O processo foi distribuído no STF no dia 1º de junho, apenas um dia após o anúncio por parte da Conmebol de que a Copa América viria para o Brasil.

O Brasil virou sede da Copa América após a Colômbia e a Argentina se recusarem a receber a competição. No caso dos colombianos, houve uma onda de protestos nas ruas que deixou a população em risco de segurança. Já o governo argentino temeu um aumento ainda maior de casos de Covid-19 no país.

A CBF, portanto, deu resposta positiva para a Conmebol após obter o aval do governo. O então presidente da entidade, Rogério Caboclo, acionou diretamente Jair Bolsonaro no último dia 31, recebendo “caminho livre” para organizar a competição em território brasileiro.