Um dos pilares do tropicalismo, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Rita Lee, Tom Zé revisita seus 50 anos de carreira com a turnê ‘Eu Cantando para os Meus, que estreia no Circo Voador, no Rio, neste sábado (30). “O repertório procura contemplar o que há muito ou há pouco tempo cantamos juntos”, simplifica o músico, que se considera um grande trabalhador.

“Sou um obstinado perseguidor de ideias”. Nada saudosista, Tom analisa o impacto do movimento transgressor que ajudou a criar, cinco décadas depois, filosofando. “É o Brasil, figurado num aspecto de sua arte. Vejo um espelho dos acontecimentos de então caminhando para o agora”, diz ele, que se esquiva de falar sobre política neste momento.

O cantor prefere conversar sobre o que tem ouvido. “Beethoven não sai da parada de sucessos, há três anos, lá em casa. Mas há a meninada que vem trabalhando bem, como Mallu Magalhães e Marcelo Segreto. Gal está cantando ainda melhor, o que parecia impossível. Sempre foi uma intérprete vigorosa.”