O trânsito de Ilhéus foi pauta da última sessão da Câmara de Vereadores, realizada na quarta-feira (21). Após concessão dada pelo plenário para uso da tribuna, a professora Ana Lívia Ribeiro, esposa do ex-vereador e empresário Cacá da Etesi, que faleceu no último sábado (17) após sofrer um acidente de trânsito na quarta-feira (14); utilizou o espaço para fazer uma reflexão sobre a situação caótica do trânsito da cidade.

Em sua fala, Ana Lívia demonstrou profunda indignação em relação à falta de consciência e educação dos motoristas de Ilhéus. Segundo ela “é preciso que existam mais campanhas de conscientização, mais respeito com as regras de trânsito e com a vida do próximo”. Ela argumenta que o poder público tem que ter ações mais efetivas com relação ao tema. “Como educadora, acredito que as ações educativas devem começar na infância, ensinando as crianças a ter um comportamento cidadão no trânsito”.

A professora questionou também acerca da legalização de motoboys e mototaxistas. Ela acredita que todos devem trabalhar, mas com segurança e legalidade, para que a incidência de acidentes e mortes diminua. “É necessário cadastrar entregadores de toda natureza, verificar se são habilitados e qual tipo de vínculo eles possuem com os proprietários das empresas, para quando acontecer casos como esses, possamos ter a quem punir”. Para ela é preciso ter pessoas de coragem no poder público para que tais situações não se perpetuem.

Através de uma moção de pesar e de uma nota pública os vereadores se solidarizaram com a situação. O vereador Jerbson Morais acredita que “o vereador não pode se acovardar diante do exposto e deve procurar a melhoria de vida da população através de ações eficazes”. Nerival Reis afirmou que “há muito tempo vem lutando para que esse pleito seja atendido, mas que esse pedido deve ser enviado pelo Executivo para que aqui nós possamos aprovar”.

Ivo Evangelista afirmou que “a câmara já vem realizando atividades como audiência pública com a classe para regulamentar a profissão e evitar a clandestinidade”. Makrisi Sá informou a todos que há uma lei municipal que regulamenta a utilização dos serviços com motocicletas e acredita que a educação é o caminho para solucionar essa questão.