Já é sabido que a violência contra a mulher ainda representa um problema muito presente no nosso cotidiano e, por incrível que pareça, no ambiente universitário não é diferente. A convite do vereador Makrisi Angeli (PT), a senhora Mariza dos Reis compareceu ao Plenário, na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Ilhéus, quarta-feira, 22, para falar sobre o Comitê Permanente Institucional para Enfrentamento da Violência Contra as Mulheres (Comitê Mulheres UESC), grupo que trabalha apoiando e auxiliando mulheres em situação de violência dentro e fora da UESC.
Mariza, além de membra do grupo, é membra também da AFUSC (Associação dos Funcionários da UESC) e tem o papel de representá-la no Comitê. Ela afirma que o grupo, instituído em abril deste ano pelo governador Ruy Costa (PT), foi fundado devido ao grande número de denúncias de violência contra a mulher acontecidos dentro ou próximo à UESC, que estavam chegando à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), deixando evidenciada a urgência de uma organização que desse auxílio e apoio às mulheres na luta contra a violência institucionalmente. Segundo Mariza, casos de assédio e violência acontecem diariamente na UESC, “nós temos um caso de uma estudante de pedagogia que o marido dela, PM [policial militar], foi até a sala de aula ameaçá-la pelo simples fato de ela estar estudando à noite e precisar deixar o filho com a mãe para poder estudar. A gente precisa se preocupar com isso”, afirmou Mariza.
O vereador Makrisi agradeceu à Mariza dos Reis pela participação e destacou a falta de mulheres na legislatura atual pelo segundo mandato consecutivo. “Sem dúvida, é muito ruim para a nossa Câmara o fato de termos uma legislatura sem a presença de uma mulher. Por mais que alguns de nós tenhamos a vontade, o empenho de fazer apontamentos e pensar em melhorias para a vida das mulheres, não é no mesmo nível, na mesma intensidade. Só sabe o grau de dificuldade que uma mulher enfrenta quem é mulher. A gente precisa ter coragem nesse Brasil, a gente precisa ter paridade de mulheres, precisa ter garantia de vagas para mulheres, é mudando a estrutura legislativa que a gente vai poder mudar a realidade das mulheres de forma mais efetiva”, afirmou o parlamentar. Em seguida, Makrisi ainda se comprometeu, em nome da casa, a continuar provocando audiências, debates, discussões e outras maneiras de discutir o assunto, inclusive sugeriu que o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, que está parado há anos, seja reativado no ano que vem.
Para finalizar, a representante do Comitê Mulheres UESC, Mariza Reis, convidou todos os presentes a participarem da luta a favor das mulheres e a comparecer ao minicurso “Gênero, Violência Contra a Mulher e Lei Maria da Penha”, com Dra. Flora Maria Brito Pereira, que acontece nos próximos dias 5 e 6 no DFCH da UESC. O evento está sendo realizado pelo comitê em parceria com a SPM-BA e tem atividades previstas para os dias 5 e 6 de dezembro, na sala de reunião do DFCH. As inscrições podem ser feitas gratuitamente no Protocolo da UESC.
Fazem parte do Comitê Mulheres UESC: Maria Luiza Silva Santos, representando a Ouvidoria da UESC; Márcia Rosely Oliveira Azevedo, representando a ASSEST (Assessoria Estudantil); Adelina Prado Caldas Neres, representando a CDRH (Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Humanos); Rosana dos Santos Lopes, representando a chefia do Gabinete; Lucimar Pereira de França, representando a ADUSC (Associação de Docentes da UESC); Mariza Santos dos Reis, representando a AFUSC (Associação de Funcionários da UESC); Valéria Soares Martins, representando o DCE (Diretório Central dos Estudantes); Major Denise Santiago, colaboradora; e Guilhardes de Jesus Júnior, colaborador.
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