O ciclo de debates sobre educação patrimonial, memória e ancestralidade, promovido pelo Memorial Unzó Tombenci Neto, encerra nesta sexta, dia 28. O último Encontro da Tradição Oral vai acontecer no Terreiro Matamba Tombenci Neto, a partir das 19 horas, com entrada gratuita.
A roda de conversa vai contar com a presença de Adriane Batata, arquiteta e urbanista e doutora em Ambiente e Sociedade pela Unicamp; Anarleide Menezes, secretária de cultura de Ilhéus, e Danillo Souza, superintendente de Promoção da Igualdade Racial de Porto Seguro. O diálogo será mediado pelo Tata Marinho Rodrigues.
O evento também vai contar com uma apresentação de integrantes da Associação de Capoeira Angola Mucumbo, fundada pelo saudoso Mestre Virgilio. Em seguida, o ocorrerá o lançamento do projeto Katinguelê-Bantu, que vai oferecer, por meio da ONG Gongombira, oficinas gratuitas de Percussão Ancestral, Capoeira Angola e Letramento Racial para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos.
Nesta edição, os encontros tiveram início no dia 7 de novembro, com a participação de Mãe Ilza Mukalê, matriarca do Terreiro Matamba Tombenci Neto, as museólogas Juliane Silva e Vitória Bispo e o guia de turismo Arthur Gregório, sob mediação de Tata Marinho Rodrigues, presidente da ONG Gongombira.
No dia 14, o diálogo foi entre Tata Marinho Rodrigues e Maria Áurea de Souza, presidente da Rede de Museus e Pontos de Memória do Sul da Bahia, com mediação do pesquisador e contramestre de capoeira Paulo Magalhães. No dia 21, participaram Keu Apoema, professora da Universidade Federal do Sul da Bahia, e Valdinéa de Jesus Sacramento, historiadora e mestra em Estudos Étnicos e Africanos, com mediação de Raissa Santos, secretária de cultura da ONG Gongombira.
Com apoio cultural do Terreiro Matamba Tombenci Neto e da Organização Gongombira de Cultura e Cidadania, os Encontros da Tradição Oral buscam reafirmar a importância da memória e da ancestralidade como fundamentos da identidade cultural da região sul da Bahia. Criado em 2014, o projeto transformou o Terreiro de Matamba Tombenci em um espaço de escuta e troca de experiências entre os mestres da cultura popular e pesquisadores acadêmicos.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Ilhéus e conta com apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Ilhéus, por meio da Secretaria de Cultura, via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.
Memorial Unzó Tombenci Neto
Inaugurado em 2006, o Memorial Unzó Tombenci Neto é o primeiro espaço dedicado à preservação da memória de matriz africana no sul da Bahia. O local reúne um acervo de fotografias, documentos e objetos que contam a história do Terreiro Matamba Tombenci Neto, fundado em 1885, no Alto da Conquista, em Ilhéus.
O terreiro foi criado por Tiodolina Félix Rodrigues (Nêngua de Inkice Iyá Tidú). Atualmente, a liderança do templo é exercida por Mameto Mukalê (Ilza Rodrigues).
Serviço
O quê: Encontros da Tradição Oral – Educação Patrimonial, Memória e Ancestralidade
Quando: 28 de novembro
Onde: Terreiro Matamba Tombenci Neto – Ilhéus (BA)
Entrada: Gratuita
Realização: Memorial Unzó Tombenci Neto