Mas não será por escolha ou opção da Federação Bahiana de Futebol. É que o 2º clássico deste ano entre Bahia e Vitória, na quarta-feira, dia 20, às 21h30, na Arena Fonte Nova, é pela 6ª rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste, competição Regional da Confederação Brasileira de Futebol, onde os árbitros escalados são pernambucanos do quadro nacional da CBF: Rodrigo José Pereira de Lima, auxiliado por Clóvis Amaral da Silva e Karla Renata Santana. O 1º Ba-Vi do ano foi pela fase de classificação do Campeonato Baiano.

A escalação de um trio de árbitros de fora, pernambucanos, abriu uma ampla discussão sobre os árbitros que vão comandar os dois clássicos entre Bahia e Vitória na decisão do título do Estadual da FBF. Uma polêmica que não é “privilégio” do futebol baiano. O quadro nacional de árbitros atravessa um dos seus piores momentos da história do futebol brasileiro, com erros sucessivos, alguns escabrosos, que nem o auxílio do VAR, árbitro de vídeo, consegue salvar em jogos pelos Campeonatos Estaduais, Copa do Nordeste e Copa do Brasil.

Na resenha do meio-dia de ontem, segunda-feira, da Rádio Sociedade da Bahia, o apresentador Pedro Sento Sé abriu o programa com uma pergunta para a sua equipe e os ouvintes da emissora: tem algum árbitro da Federação Bahiana de Futebol capacitado para apitar os Ba-Vi? A resposta dos seus companheiros de equipe, referendada pelos ouvintes, foi unânime e objetiva: não! “Pelo que estamos vendo aqui, da má qualidade da nossa arbitragem, não dá para ter árbitros baianos nesta final”, completou o jornalista Pedro Sento Sé.

Para agravar ainda mais a depreciação do quadro de árbitros, o presidente da SAF do Botafogo, John Textor, voltou a denunciar no início deste mês de março, que tem “juízes gravados reclamando de não receberem suas propinas”. As reclamações sistemáticas de Textor contra a arbitragem brasileira tiveram início na derrota do Botafogo por 4 a 3 para o Palmeiras no Brasileiro do ano passado, dizendo que o clube alvinegro foi roubado.