Em um plebiscito neste domingo (4), os chilenos votam para decidir se adotam uma nova Constituição no país. Caso aprovada, a nova carta vai substituir o texto constitucional de 1980, elaborado na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

As últimas pesquisas de opinião apontam para uma vitória da opção “rechaço” ao texto apresentado em julho deste ano pela Assembleia Constituinte. O resultado implicaria uma derrota política para o presidente Gabriel Boric, que está no cargo desde março.

Caso o novo texto constitucional seja aprovado pelos 15 milhões de eleitores chilenos, os direitos e normas estarão sujeitos à elaboração de leis complementares no Congresso.

A votação é resultado da onda de manifestações que aconteceu em 2019, no país. À época, como resposta aos protestos, o governo decidiu fazer uma votação a respeito de uma nova Assembleia Constituinte e os chilenos decidiram que um novo texto deveria ser formulado.

Com mais de 3 mil mortos e 35 mil torturados, segundo relatórios oficiais, a ditadura chilena foi uma das mais sangrentas da América Latina. O regime foi encerrado com o plebiscito de 1988, quando os chilenos disseram não à ditadura.