“Queria agradecer muito a Deus por esse momento e dizer que sou muito por Ele e pelo Ricardo lá em cima. Eu dedico esse troféu ao Ricardo (surfista assassinado em SC). Eu fiz uma homenagem a ele aqui no braço, ele estará comigo para sempre, vou carregar a alma dele junto comigo”, afirmou Mineirinho, classificando hoje como “o dia da minha vida”. “É incrível, o Fanning é um grande cara, mas o Gabriel Medina foi meu anjo da guarda”.

Na semi, Medina venceu Mick Fanning, da Austrália, na última onda da bateria anterior, ajudando Mineirinho a encaminhar o título.

Ao cair na água, o brasileiro já dependia só de si mesmo para conquistar seu primeiro título mundial. Ele liderou de ponta a ponta a disputa, que foi acirrada – a cinco minutos do fim, vencia por apenas 2.13. Nesse momento, o adversário falhou a escolher a onda e Mineirinho abriu vantagem, confirmando com tranquilidade o título.

Com o título já decidido, os brasileiros se enfrentaram na final. Com um 7,67 e 6,40, Mineirinho somou 14,07 e superou Medina (8,50) para levar também a inédita conquista da etapa de Pipeline. “Eu disse para o Gabriel na água que sem ele eu nunca seria campeão. Ele me mostrou o caminho para chegar até aqui. Muito obrigado, Gabriel, por me mostrar como ser campeão mundial”, disse o campeão Mineirinho ao GloboEsporte.

Medina também teve conquistas. O surfista faturou a Tríplice Coroa, competição que reúne três etapas no Havaí, sendo duas válidas pelo QS (divisão de acesso), em Haleiwa e Sunset Beach, e a última pelo CT (elite), em Pipeline.