Realizada no último final de semana, a 8ª Conferência Municipal de Saúde reuniu especialistas, profissionais da área, gestores e comunidade geral, a fim de propor ações para melhorar os serviços ofertados em Ilhéus. O evento aconteceu na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), sendo promovido pelo Conselho Municipal de Saúde (CMSI) e pela Prefeitura.
Sob o tema central “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia”, foram apresentados quatro eixos de abordagem, sendo eles: “A Ilhéus que temos. A Ilhéus que queremos”; “O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia”; e “Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas”.
O titular da Secretaria de Saúde (Sesau), André Cezário, que na ocasião representou o prefeito Mário Alexandre, destacou a importância de os usuários participarem ativamente das ações propostas pelo poder público.
“Por determinação do prefeito Mário Alexandre, abrimos mais um espaço para ouvir a comunidade. Em nome do conselheiro Jurandyr, parabenizo a coordenação pela organização da conferência e das pré-conferências, que foram extremamente importantes para sensibilizar a população e ampliar o debate e a construção de ideias”.
A Conferência é uma das ferramentas responsáveis por fortalecer as ações desenvolvidas pelo SUS. A cooperação e a troca de experiências são fundamentais para alcançar os objetivos propostos, com participação direta de representantes de povos indígenas, quilombolas, entre outros povos e comunidades tradicionais.
Diretor de Prevenção da Atenção Primária em Saúde do Ministério da Saúde, Andrey Lemos apresentou estratégias de defesa do SUS, bem como ações para alinhar direitos e deveres de usuários, trabalhadores do sistema e demais cidadãos.
“O tema trouxe a reflexão sobre a realidade do nosso país, entendendo os determinantes sociais e a necessidade de políticas de promoção da equidade para ampliar o nosso olhar sobre o cuidado e a atenção à saúde do povo brasileiro, um povo diverso, plural e que possui necessidades próprias. A participação social é o grande indutor da construção de políticas públicas que reparem direitos, assegurem a liberdade de expressão e a gestão participativa”, acrescentou Lemos.
O SUS é o maior sistema público de saúde do mundo e, atualmente, atende mais de 190 milhões de pessoas. De acordo com Jacks Rodrigues, presidente do CMSI, a conferência é uma espaço para “formalizar propostas que serão encaminhadas aos governos estadual e federal. A Conferência é crucial para a elaboração de um modelo de saúde voltado às necessidades do município, junto ao controle social, à gestão e toda a comunidade”, explicou.
O encontro é desdobramento das pré-conferências realizadas em diferentes bairros, incluindo a zona rural da cidade. A iniciativa visa ainda avaliar a estrutura do sistema no município e as linhas do cuidado, bem como formular diretrizes para auxiliar a revisão do Plano Municipal de Saúde.
A Conferência elegeu delegados gerais para a etapa estadual, a ser realizada em Salvador. Foram eles:
Prestador/ gestor
– Sesau – André Cezário e Fábio Mantena
– Núcleo Regional de Saúde Sul (NRS Sul) – Julio Guzmán
– Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus – Filipe Adami
Trabalhadores
– Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (SINDIACS) – Marileide Xavier
– Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Itabuna e Região (SINTESE) – Rafael Mattos
– UBS Hernani Sá – Cherles Nascimento
– UBS Avenida Esperança – Márcia Bandeira
Usuários
– Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINPOJUD) – Simone Soares
– SUCA – Miretty di Biachio
– Associação de Pacientes Renais Crônicos e Transplantados do Sul da Bahia (ARCROETSULBA) – Jacks Rodrigues
– Aliança Nacional LGBTI de Ilhéus – Jurandyr Teles
– Comunidade de Olivença – Tainã Tupinambá
– Comunidade de Aritaguá II – Hilário
– Comunidade de Banco do Pedro – Gilmar Marques
– Comunidade de Santo Antônio – Hanna
por Secom
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