A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, avisou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de que desistiu de ser candidata ao Senado pelo Amapá. Evangélica, Damares enfrenta forte oposição do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é candidato à reeleição e não quer vê-la como oponente.

Desde que Alcolumbre segurou por mais de quatro meses, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a sabatina do ex-ministro André Mendonça para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal, os evangélicos prometeram dar o troco na eleição no Amapá. O nome de Mendonça foi aprovado pelo Senado, em novembro, para a cadeira de ministro do Supremo, mas a atuação de Alcolumbre como presidente da CCJ nunca foi esquecida

Agora, Damares tem enfrentado dificuldades até mesmo para encontrar um partido que a acolha. Nem o PL de Bolsonaro deixou as portas abertas para a ministra: o presidente do diretório estadual da legenda, Vinícius Gurgel, é aliado de Alcolumbre e, de acordo com aliados da ministra, tem criado empecilhos para a filiação.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não recebeu até hoje pedido expresso de Bolsonaro para ordenar a recepção de Damares no partido. Para sair candidata, a ministra precisa deixar a pasta e se filiar a uma sigla até 2 de abril.

Uma opção seria Damares sair candidata pelo PRTB, mas ela resiste à ideia em razão dos poucos recursos e do pouco tempo de TV do partido. A ministra também comunicou sua decisão de não entrar no páreo a colegas de Esplanada, durante festa-surpresa de aniversário de Bolsonaro, nesta segunda-feira, 21, no Palácio do Planalto.

Fonte: Agência Estado