Nem a chuva desanimou as mais de 300 pessoas que participaram na manhã desta terça-feira (30) da caminhada “Sou mulher e me cuido”, que marcou o encerramento do Outubro Rosa em Una. A mobilização teve como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. A iniciativa foi realizada pela Prefeitura de Una, por meio da Secretaria da Saúde, em parceria com as Secretarias da Educação e do Desenvolvimento Social.

A caminhada percorreu as principais ruas do centro da cidade e foi dividida em alas que abordaram temas como prevenção do câncer de mama e de colo uterino, climatério e menopausa, sexualidade feminina e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), gravidez e aleitamento materno, Planejamento familiar e emponderamento feminino. O encerramento foi marcado pela fala da ginecologista Geísa Leal.

Outro pontos de destaque do evento foi o relato do caso de Rita Parada, que há um ano luta contra a doença que descobriu com o exame de toque. “Eu percebi um nódulo no seio, próximo à axila. Fiz mamografia no mutirão do ano passado e depois ultrassonografia, mas o câncer só foi identificado por meio de uma punção. Como estava no início, fiz a cirurgia sem precisar retirar a mama, já encerrei as sessões de quimioterapia e vou iniciar as radioterapias. Não é um diagnóstico fácil de receber, mas é preciso enfrentar a doença e se cuidar”, disse confiante.

Durante todo o mês de outubro a Secretaria Municipal de Saúde, por meio das equipes Estratégia de Saúde da Família (ESF’s), com apoio do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), realizaram palestra no decorrer do mês de outubro com tema câncer de mama e câncer do colo do útero e serviços como vacinação, testes rápidos de detecção de hepatite, HIV e sífilis, solicitação de mamografia, agendamento de citologias e sorteio de brindes.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. A estimativa é de 60 mil novos casos anuais em mulheres cada vez mais jovens. Quando descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de cura. O autoexame das mamas e a mamografia são essenciais para o diagnóstico precoce.