O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, voltou a prometer transparência na divulgação do resultado das análises de produtos dos 21 frigoríficos interditados após a deflagração da Operação Carne Fraca, pela Polícia Federal (PF). A ação trouxe a público a suspeita de irregularidades na produção de carne e seus derivados, bem como na fiscalização do setor.
Hoje (30), ao visitar Campo Grande (MS), onde participou da inauguração do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec), instalado na Embrapa Gado de Corte, o ministro voltou a garantir que os laudos de 12 das 174 amostras de produtos colhidas em supermercados de 22 estados e já periciadas não acusam “qualquer perigo do produto para a saúde humana”.
“Recolhemos, nos mercados, produtos das 21 plantas [industriais] interditadas. Já tivemos 12 laudos sem nenhum problema. Os outros estão [sendo periciados] nos laboratórios do ministério e, assim que tivermos os resultados, comunicaremos da forma mais transparente, informando [à população] à medida em que as coisas forem acontecendo”, disse o ministro a jornalistas que acompanharam sua chegada para almoçar em uma churrascaria da capital do Mato Grosso do Sul, um dos principais produtores de carnes do Brasil. O estabelecimento onde Maggi, sua comitiva e o governador Reinaldo Azambuja almoçaram serve produtos de ao menos duas marcas investigadas pela PF.
Maggi não respondeu quando o ministério planeja liberar a produção dos 21 frigoríficos interditados no último dia 17, quando foi deflagrada a Operação Carne Fraca, mas adiantou que os resultados das demais análises devem ser divulgados nas próximas semanas. O ministro disse trabalhar para que as suspeitas não afetem outros produtores além dos 21 já citados pela PF. Segundo ele, vai levar algum tempo para o setor recuperar a credibilidade e a situação ser normalizada.
“O mercado já não estava bom. O mercado interno estava enfraquecido. Com essa parada do mercado externo, teremos algum tempo de percalços”, acrescentou.
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