O procurador-geral de Justiça de São Paulo Márcio Fernando Elias Rosa, defendeu nesta quarta-feira, 17, a atuação dos promotores que investigam o ex-presidente Lula. Ele alertou que a Constituição não autoriza o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a interferir nas ‘funções de execução’ dos promotores de Justiça.

Na noite desta terça-feira (16), uma liminar do Conselho suspendeu o depoimento de Lula e da ex-primeira dama, Marisa Letícia, marcado pela Promotoria criminal. Lula e Marisa Letícia haviam sido intimados para depor no inquérito sobre o tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá, que o petista nega ser o dono. Para o promotor Cássio Conserino, que integra a equipe do Ministério Público que investiga o apartamento, há indícios de lavagem de dinheiro pela ocultação da identidade do seu real proprietário.

Em nota pública, Elias Rosa disse que “confia nos acertos da atuação dos promotores”. Ele reprovou a liminar do Conselho Nacional do Ministério Público que suspendeu “ato designado em procedimento investigatório criminal erm caso que ganhou notoriedade pública, por envolver, dentre outros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

O chefe do Ministério Público paulista disse que os promotores que investigam Lula ‘contam com o irrestrito apoio desta Procuradoria-Geral de Justiça para a defesa das suas prerrogativas e atribuições’.