O Ministério Público Federal no Piauí encaminhou um pedido de anulação parcial do do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 à Justiça Federal nesta sexta-feira (23). Estudantes do estado denunciaram o vazamento da prova de redação horas antes da realização da prova no dia 12 de novembro deste ano.
Na ação, o órgão pede a aplicação de uma nova prova de redação, com a alteração das etapas e divulgação das novas datas relativas ao exame, segundo publicou o jornal O Globo.
O órgão pediu, em caráter liminar, a suspensão da inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e das matrículas nas universidades que adotam o Enem como sistema de classificação.
O procurador da República Kelston Lages, autor da ação, pede aplicação de multa em caso de descumprimento da decisão.
“A igualdade de condições é postulado fundamental do concurso. Ela é indispensável até mesmo para manter íntegros os seus objetivos, sua própria razão de existir. Permanecer impune a quebra a isonomia ocorrida no Enem 2014 fere também o princípio da moralidade administrativa”, diz o procurador na ação.
A denúncia do vazamento da prova partiu de estudantes do Piauí. A imagem com o tema da redação teria sido compartilhada através do aplicativo Whatsapp, às 10h47, uma hora e 13 minutos antes da aplicação da prova.
O estudante fez um vídeo em que mostra a imagem no celular. “Quando eu cheguei que recebi o caderno de questões eu constatei que o tema da redação era o mesmo da imagem que eu havia recebido”, disse Jomásio Barros, de 17 anos.
A imagem circulou entre vários grupos de estudantes horas antes do início da prova. “Eu vi essa imagem às 10h54, no domingo, antes da prova. Então, eu não tenho nenhuma dúvida que essa prova vazou”, disse uma jovem ao Bom Dia Brasil.
Logo após a divulgação do vídeo, o estudante disse que foi criticado e outros divulgaram da informação. Outros o incentivaram a denunciar o caso.
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