O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, descarta impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele reforçou nesta quinta-feira, 1º, que o discurso não sustenta processo. “Impeachment não se faz em cima de depoimentos. Está aí a confusão, dá um depoimento de um jeito, outro dá de outro. Um dia tem uma situação, no outro se reverte. A CPI que está instalada vai ter seu curso normal. E aqui vamos esperar, não há impeachment de discurso, há impeachment em cima de materializada e disposição política, o que não se apresenta nem fora nem dentro do Congresso Nacional”, disse a jornalistas. Ele disse desconhecer a nova ideia do ministro da Economia Paulo Guedes em cortar 10 pontos percentuais do Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas, mas defende reforma tributária sem fim arrecadatório. “O debate agora está no Congresso. É importante que o ministro se posicione, mas o debate está no Congresso e nós vamos ouvir a todos, lógico que também a Economia e as partes interessadas, mas essa conta é matemática. A gente tem que contar com a ajuda de todos para chegar em uma reforma neutra, sem cunho arrecadatório”, pontuou, garantindo que mudanças no texto enviado pelo governo.

“Ele pode sair melhor e pode ser pior, mas estamos ouvindo todos os reclames. As críticas de atirar pedra que a reforma é isso, é reforma aquilo não vão convencer ninguém. A prática dessa presidência é trazer as matérias para pauta e aqui temos a função de arrumá-las, deixá-las de uma maneira mais próxima do que a sociedade precisa.” A proposta do governo recebeu forte reação do setor produtivo pelo aumento da carga tributária Após reunião com líderes, Arthur Lira prometeu votar nos próximos 15 dias os projetos da regularização fundiária, o Código de Processo Eleitoral, a PEC da reforma eleitoral, a regulamentação dos supersalários e a lei do mandante dos direitos de transmissão esportivos. O presidente da Câmara programa o recesso parlamentar entre 17 a 31 de julho, mas apenas se a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 for votada.