A força-tarefa da Lava Jato identificou um provável “testa de ferro” do deputado cassado Eduardo Cunha e de seus familiares para pagamentos em espécie. Trata-se de Sidney Roberto Szabo, que foi presidente do fundo de pensão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).
Segundo documento do Ministério Público Federal, que trata da quebra de sigilo de e-mail de Szabo, ele trocou mensagens com Paulo Lamenza, contador de Cunha, em 2012. As mensagens apontam que ele providenciava dinheiro vivo para Cláudia Cruz, mulher de Cunha.
Segundo o MPF, em mensagem eletrônica trocada entre Sidney Szabo e o contador, em 2013, Szabo busca informações a respeito de nota fiscal a ser emitida em favor de Cláudia Cruz, para que seja gerado um “valor líquido” de R$ 40 mil. Os procuradores acreditam que os dois se referiam a dinheiro em espécie.
Quebra de sigilo – Outra mensagem mencionada pelos procuradores foi trocada entre Szabo e Danielle Dytz da Cunha, filha do ex-deputado. Danielle teria solicitado que fossem providenciados pagamentos a pessoas físicas no valor de R$ 79,9 mil. Os procuradores afirmam que os beneficiários teriam atuado na campanha de Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados. A quebra do sigilo do endereço eletrônico de Szabo foi determinada pelo juiz Sérgio Moro em 17 de outubro passado.
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