Sem a participação do presidente Michel Temer na campanha para não melindrar partidos aliados no momento em que se discute a votação de reformas estruturais no Congresso, o PMDB espera aprofundar nestas eleições municipais sua interiorização partidária com um crescimento do número de prefeituras sob o comando da legenda em relação a 2012.

Para reforçar seu poder após a chegada ao Planalto, o partido tenta também conquistar importantes colégios eleitorais, como São Paulo e Rio. A estratégia tem por objetivo aumentar os prefeitos filiados ao partido e, consequentemente, manter a força que a legenda tem no Congresso. A ideia é que, diante de imprevisibilidade do sucesso do governo Temer, o partido pelo menos consiga manter essa força nas eleições de 2018. Atualmente, o PMDB administra somente duas das 26 capitais – Rio e Boa Vista (RR).

A candidaturas de Marta Suplicy, em São Paulo, e de Pedro Paulo, no Rio, são tidas como as principais apostas da legenda. Mesmo sem a presença de Temer, candidatos peemedebistas têm explorado seus vínculos com o governo federal. “Ele (Temer) não veio aqui nem gravou para nós, mas é do nosso partido”, disse Wilson Cota, candidato à reeleição em Casa Nova (BA), município de 70 mil habitantes. A avaliação de parlamentares e dirigentes partidários é a de que a participação do presidente na campanha poderia ajudar a impulsionar as candidaturas do PMDB nos pequenos municípios, dependentes de apoio federal.