Escrivães e  Investigadores da Polícia Civil do Estado da Bahia se reuniram em Assembleia na manhã desta sexta-feira( 26), no auditório da Associação dos Funcionários Públicos, localizada no centro da capital baiana, para lançar a campanha “ Pelo Salário de Nível Superior!”   ao Governo do Estado, de acordo com a Lei Orgânica ( nº 11.370/2009 ) que rege os Policias Civis baianos.

Durante a Plenária, a categoria aprovou algumas propostas de mobilização que terão o objetivo de sensibilizar a sociedade e pressionar o Governador a sancionar o Projeto-Lei que solicita o enquadramento da tabela salarial: criar Comitê Estadual da campanha para negociar e dialogar com o Governo;  realizar visitas mensais às CORPINS para instalar Comitês Regionais; manter as audiências na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa; promover atividades de entretenimento nas áreas de esporte, lazer e cultura como forma de mobilizar a categoria; promover eventos de caráter humanitário como doação de sangue, cestas básicas, livros para orfanatos e realizar panfletagens em locais de elevada circulação. A Plenária decidiu que o primeiro ato político da campanha será a realização de uma carreata dos policias civis que sairá da Piedade em direção à Governadoria com carros de som, faixas e apitos.

O Coordenador da campanha, Ary Alves, enfatizou que a Assembleia elegeu uma Comissão Mista Estadual que irá ficar responsável em dialogar e negociar com o Governador Rui Costa o projeto de enquadramento dos investigadores e escrivães na tabela de nível superior em concordância com a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado.

“ Precisamos que o Governo acabe com a discriminação e a disparidade salarial existente dentro da Policia Civil baiana. É inaceitável que o Perito Criminal receba o salário de nível superior e o governo continue pagando o salário equivalente ao nível médio aos escrivães e investigadores. Não aceitamos continuar como os primos pobres da Polícia Civil baiana!”, destacou o investigador  Ary Alves, frisando que no último Concurso Público realizado  já foi exigido dos candidatos o diploma de nível superior.

Outra aspecto abordado por Alves foi a autonomia e independência política da campanha. O investigador salientou que os profissionais que estiveram presentes na assembleia não querem que a categoria seja representada pelo SINDPOC e nenhum outro sindicato.  “ Eles não possuem mais legitimidade para negociar com Governo na condição de representantes dos escrivães e investigadores ”, ressaltou  Alves, lembrando que na última plenária  promovida pelo Sindipoc apenas 37 servidores compareceram ao evento.

O investigador Kleber Rosa também destacou o caráter autônomo e independente da campanha. ”  Nós estamos lutando por uma pauta que vai ajudar muito a melhorar a condição de vida dos escrivães e investigadores! Não queremos atrelar nossa campanha a nenhum sindicato e partido político!”, pontuou.