Com o objetivo de registrar, inventariar e inscrever nos arquivos da Prefeitura de Ilhéus, a Secretaria Municipal da Cultura (Secult) lançará em março o Livro de Tombo. A necessidade de criação do livro é uma reivindicação antiga da comunidade cultural, posta agora em prática pela Comissão Especial de Patrimônio, coordenada pela Câmara de Patrimônio do Conselho de Cultura, presidida pela conselheira Maria Helena Tavares.

A Comissão é composta pela Coordenação de Patrimônio e Inclusão Cultural, vinculada à Secult e representada pelo servidor público Airton de Carvalho; arquiteta Carol Érika, representando a Faculdade Madre Thaís; arquiteto Alexandre Amorim, Merice Rocha e o engenheiro Gilberto Tavares, representantes da sociedade civil.

Airton de Carvalho relata que os trabalhos começaram a partir de reuniões com a Câmara de Patrimônio do Conselho de Cultura. A partir de propostas desenvolvidas para educação e proteção patrimonial, o grupo identificou a necessidade da criação do instituto do livro de tombo, com o intuito de registar e proteger o patrimônio material, imaterial e natural de Ilhéus. Para o secretário municipal da Cultura, Pawlo Cidade, a instituição do Livro de Tombo é importante para dar mais visibilidade e salvaguardar o patrimônio cultural do município

História – A expressão Tombamento e Livro de Tombo, provém do Direito Português, onde a palavra tombar tem o sentido de registrar, inventariar inscrever bens nos arquivos do Reino. Tal inventário era inscrito em livro próprio que era guardado na Torre do Tombo, a torre albarrã, do castelo de São Jorge, em Lisboa (Portugal). Atualmente, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.