A Polícia Federal investiga o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Quinho (PSD), e sua esposa, a vereadora Léia Meira (PSD), por suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro nas eleições de 2024.

Segundo documentos obtidos pelo Aratu On, a investigação apura o uso de aproximadamente R$ 1 milhão em um suposto esquema de compra de votos e desvio de recursos do financiamento eleitoral, incluindo candidaturas laranja.

O inquérito, iniciado em outubro do ano passado, aponta que eleitores teriam recebido entre R$ 100 e R$ 150 para votar em Léia, e motoristas por aplicativo, R$ 400 para plotar veículos com imagens da campanha.

Além disso, há indícios de transferência irregular de mais de dois mil eleitores de Belo Campo — onde Quinho era prefeito — para Vitória da Conquista, onde Léia foi eleita com 4.272 votos, sendo a segunda mais votada da cidade.

A investigação também analisa o possível uso de seis candidaturas laranjas para direcionamento irregular de recursos do fundo partidário do PSD, totalizando R$ 460 mil.

Conversas obtidas pela PF indicam que os valores eram fracionados para garantir a participação de eleitores em carreatas e eventos de campanha. Um dos envolvidos no esquema, inclusive, teria recebido um carro como pagamento pelo trabalho de captação ilegal de votos.

A defesa do ex-prefeito ainda não se pronunciou. Quinho e Léia tentaram levar o caso ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), mas o pedido foi negado pelo juiz Rodrigo de Souza Britto. Atualmente, o processo segue na 39ª Zona Eleitoral de Vitória da Conquista.

Fonte todaB