(Por Mateus Soares – TB) – Após o prefeito Bruno Reis (União Brasil) anunciar que vai subsidiar o transporte público com um aporte de até R$ 205 milhões, a partir de um Projeto de Lei que já foi encaminhado para a aprovação da Câmara Municipal de Salvador (CMS), para evitar a cobrança de uma tarifa maior para os usuários, vereadores governistas e de oposição têm discutido a proposta.  

Segundo Bruno, desse total, R$ 190 milhões serão destinados para o Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus (STCO) e R$ 15 milhões ao Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC), ou, os “amarelinhos”, como são conhecidos.  

“Acompanhamos de perto a luta do prefeito para obter subsídio federal para o financiamento do transporte público nas cidades. Mesmo sem qualquer apoio do governo federal e com o aumento do ICMS pelo governo do estado, o prefeito garantiu pela primeira vez na história de Salvador o subsídio no valor de R$ 205 milhões, que reduzirá significativamente o impacto do reajuste da tarifa para o usuário, além de cobrir os dez meses deste ano e todo o ano de 2024 sem reajuste tarifário”, disse o vereador Claudio Tinoco (União Brasil), aliado de Bruno, à Tribuna

Outro governista, o vereador André Fraga (PV), integrante da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais, também viu com bons olhos o anúncio feito por Bruno. “Eu acho que a Prefeitura, graças a um trabalho de muita seriedade com os recursos públicos, tem condições de promover um subsídio para esse que é um dos mais importantes setores da cidade, no sentido de que ninguém faz nada na cidade sem se transportar, sem se mover”, afirmou, à reportagem. 

“Então, é importante, assim como o metrô tem subsídio do Estado, que não é pequeno, que a Prefeitura, considerando o contexto em que vivem as cidades brasileiras na crise do transporte, tenha essa possibilidade para garantir que o transporte siga atendendo as pessoas”, completou. 

Ferrenha opositora da atual gestão municipal, a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) condenou o projeto do subsídio. Em sua avaliação, é preciso “fazer um debate sobre renúncia fiscal, que é altíssima para essa empresa de transporte público”. “Para nós existe um debate que é muito caro, que é a ausência de transparência. Não há nenhuma transparência na chegada desse projeto do subsídio. Não tem relatório, nem relatos do que aconteceu com os subsídios anteriores, enfim. Não existem informações concretas que o subsídio é necessário. Não tem clareza. Não tem transparência. Não tem compromisso público de fato”, criticou a psolista. 

O presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), garantiu que irá trabalhar para que o projeto do subsídio para as empresas do transporte público seja aprovado ainda nesta semana.