Um levantamento preliminar realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que 65% das penitenciárias do país não têm detectores de metais nem aparelhos para o bloquear o sinal de celulares, itens considerados básicos para as unidades.

É o caso do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas, onde 56 detentos foram mortos na segunda-feira (2) numa guerra entre criminosos de facções rivais. Apenas seis das 72 unidades prisionais do estado incluídas no mapeamento do CNJ têm detectores de metal e bloqueadores de celular. Em vídeos postados nas redes sociais, vários presos filmaram o assassinato de rivais. Ontem, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que mais de 3 mil scanners serão instalados nos presídios brasileiros, a partir do lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública.

Os dados do CNJ fazem parte do sistema Geopresídios, que reúne informações sobre as unidades prisionais de todo o país (delegacias, presídios e casas de custódia). Lançado em 2007, o sistema é abastecido com dados repassados por juízes de Execução Criminal, que fazem inspeções nas unidades sob sua jurisdição.