O presidente da Empresa Municipal de Águas e Saneamento – Emasa, Jader Guedes apresentou a classe empresarial, na Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, nesta segunda-feira, 10, um balanço dos primeiros três meses de gestão. Sobre esse período, ele destacou ações para o saneamento financeiro da empresa e a busca para regularização dos serviços prestados a população.

De acordo com Jader, a Emasa tem uma perda de 35 % do faturamento, um prejuízo que chega a R$ 15 milhões por ano. Por conta disso, relatou que fez redução no quadro de funcionários para ajustar e reduzir os custos. Colocou em prática um planejamento estratégico assim que assumiu, e de lá para cá tem conseguido gerenciar a dívida que gira em torno de 100 milhões.

Apesar das dificuldades, Jader salientou que a empresa tem regularizado o recolhimento das dívidas com o PIS e Cofins. Revelou que a empresa investe na proposta de zerar todas as dívidas, inclusive encaminhando uma proposta de parcelamento em 300 meses para a Coelba renegociando o fornecimento de energia nos horários de maior demanda de consumo.

Outra preocupação compartilhada com os empresários são as 182 notificações de irregularidades encaminhadas através do Ministério Público do Trabalho, referentes à gestão passada.  A empresa também tem um passivo herdado de 70 ações trabalhistas, e na atual gestão, indenizou dezenas de ex-diretores e comissionados admitidos no governo passado.

Além do foco no corte de custos e na retomada dos investimentos, o gestor destacou que “a empresa ainda não está em uma situação saudável, pois tem dívidas parceladas, mas é viável, e vai ser recuperada”. Ele falou ainda sobre as propostas para a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico e de tratamento dos esgotos drenados para o rio, o que vai possibilitar no futuro o processo de despoluição do Rio Cachoeira.

Avaliação

Os empresários parabenizaram a iniciativa do atual presidente, que tem buscado sanar as despesas da empresa de forma técnica. Para o presidente Ronaldo Abude, “a conduta do atual gestor é um exemplo de que existem pessoas comprometidas com o bem público”. Ele ainda chamou a atenção dos empresários para apoiar o trabalho do gestor, a frente da Emasa.

Para o coordenador do Movimento Empresarial Sul da Bahia em Ação – Mesb, Élio Nascimento a empresa está passando por um choque de gestão e quebrando todos os paradigmas da gestão pública. “O passivo da Emasa atrapalha esse processo, mas é possível enxergar um futuro melhor para a empresa”, declarou o empresário.