O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu que irá implantar o voto impresso a partir das eleições do ano que vem. Neste primeiro teste a medida valerá para apenas 5% do total de urnas, cerca 30 mil unidades.

O eleitor votará normalmente na urna eletrônica, que irá emitir o voto impresso; o cidadão confere o voto e deposita em uma urna física, que poderá ser consultada em caso de suspeita para recontagem de votos. Ao todo, o Brasil utiliza 600 mil urnas eletrônicas nas eleições.

Substituir todas as unidades por modelos capazes de imprimir um comprovante custaria cerca de R$ 2 bilhões. O TSE não tem esse recurso e o governo passa por um período de corte dos gastos.
A medida polêmica foi adotada após pressão interna de alguns setores do governo e do Congresso Nacional.

O movimento pelo voto impresso é baseado em argumentos genéricos de que o voto impresso daria mais segurança ao processo eleitoral, embora na história recente do Brasil não exista nenhuma suspeita fundamentada de fraude.

O voto impresso é adotado em países como a Venezuela, onde 50% dos votos são recontados manualmente.