Com o tema “Mulheres em Luta”, a Câmara de Vereadores realizou nesta quinta-feira, 22, uma Audiência Pública com o objetivo de debater políticas públicas para o universo feminino na cidade de Ilhéus. A audiência foi uma iniciativa do vereador Makrisi (PT), que também presidiu a Audiência.

A mesa foi composta por representação das mulheres de Terreiro, da Cáritas e Pastorais da Igreja Católica, do Comitê de Mulheres da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), do Fórum Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Defensoria Pública, do Centro de Referência de Atendimento à Mulher, das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Social e de Educação. Compôs também a mesa o Vereador Pastor Matos (PSD).

Para Makrisi, o objetivo foi fazer o debate do acompanhamento e monitoramento da execução das políticas públicas. “O objetivo dessa audiência foi convocar toda sociedade, principalmente as mulheres, para monitorar, cobrar e buscar soluções para o problema que está posto, que é uma diferença estúpida da participação feminina com relação à participação do homem nos espaços de decisão”, declarou Makrisi.

A Defensora Pública, Dr.ª Cristiane, abordou o preconceito e o racismo institucional, que violenta as mulheres e em um grau maior ainda as mulheres negras. “É preciso uma rede de proteção interligada que atue em conjunto na proteção das mulheres”, destacou a defensora.

Cerca de 200 mulheres se fizeram presentes, representando mais de 30 organizações sociais e órgãos públicos, como as Pastorais da Mulher Marginalizada, da Criança, dos Negros e a Cáritas, a Associação dos Surdos de Ilhéus, Mulheres de Terreiro, Fórum Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Associações de Moradores, Estudantes da Rede Pública, a Defensoria Pública, representantes do Executivo Municipal e do Partido dos Trabalhares. O Bispo da Diocese de Ilhéus, Dom Mauro Montagnolli também esteve presente.

Ao final do debate, foram apresentadas diversas propostas como a reativação do Conselho Municipal da Mulher e criação da Frente Parlamentar de Enfrentamento de Violência contra a Mulher e readequação do espaço onde funciona a Delegacia da Mulher.