O agravamento da pandemia tem tirado o sono de Francisco de Jesus, que enxerga na vacinação uma luz no fim do túnel. “Nós não temos um governo que age da maneira que deveria agir, então a tendência é sempre piorar. Quatro mil pessoas morrendo por dia é muita coisa. Preocupa todos nós. Eu tenho filho, tenho neto, então a gente se preocupa. Tem a própria situação que a a gente passa. Sem a vacinação, a tendência é piorar”, opinou.

Organização Mundial da Saúde, porém, alerta: “não existem vacinas suficientes” no mercado global e os países, entre eles o Brasil, terão de recorrer a outras medidas para reduzir mortes e contaminações pela Covid-19. Os diretores da OMS voltaram a descrever o quadro brasileiro como “muito grave” e disseram que apenas amplas ações de isolamento, testes e rastreabilidade vão desacelerar a crise. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acredita, porém, que o governo será capaz de imunizar toda a população, mas não descarta o apoio de outros setores, como o da iniciativa privada.

“Eu tenho convicção que com o nosso Programa Nacional de Imunização, desde que haja vacina suficiente, nós temos condição de imunizar toda a sociedade brasileira. Agora, nós exercemos um regime democrático. Temos um poder executivo, que é quem cuida da administração pública, e temos o poder legislativo, que é quem cuida da elaboração das leis. Como é de conhecimento dos senhores, o Congresso Nacional aprovou uma lei. Lei é lei”, pontuou o ministro. Nesta sexta-feira, 9,, o governo brasileiro endossou formalmente uma proposta na Organização Mundial do Comércio para ampliar a produção e distribuição de vacinas, buscando evitar a aprovação de um projeto que prevê a quebra de patentes dos imunizantes. O diagnóstico é que a insuficiência de vacinas no Brasil e em outras partes do mundo se deve à falta de capacidade produtiva e não aos direitos de propriedade intelectual.