Terceiro lugar no Campeonato Baiano, atrás de Bahia e Vitória, vaga na Copa do Brasil inédita no próximo ano e disputa do Campeonato Brasileiro da Série D em 2025. Pergunte ao técnico Betinho se suas conquistas, no comando do Barcelona de Ilhéus para este início de temporada são suficiente. “Estou chateado, queria mais. Reconheço que é um grande trabalho”, responde o exigente treinador, que disse, desde sua chegada ao clube, que gostaria de estar na final da competição estadual.

“Me desafio, me cobro na busca por crescimento. Quando você entra em um campeonato, tem que buscar o que ele oferece de melhor. Essa é minha obstinação de trabalho. Me desafio o tempo todo e vejo que a maioria dos atletas, ainda hoje, não faz isso. São poucos e os poucos são os diferentes”.

Embora a visão de Betinho por mais tenha motivos pessoais, o treinador entregou ao clube tudo aquilo e mais um pouco do que foi conversado na sua contratação. Também na imprensa que acompanhou a competição,  o ex-meia conquistou elogios e admiração entre jornalistas e treinadores adversários. “Elogio é bom, mas não trabalho para isso. Trabalho para me satisfazer e ver o crescimento daqueles que comigo estiveram”.

Na primeira análise feita pelo comandante do Barcelona, o trabalho foi além do que ele mesmo imaginava. “Não vou dizer que, pela dificuldade do campeonato, saí da zona de conforto, porque nunca fico nela. Mas vivi situações que em nenhum outro momento da carreira eu tinha experimentado”.
Sobre o grupo de trabalho, Betinho conta que sempre chega a um clube para transformar. “Instigo sempre o jogador, desafio cada um com uma cobrança e minha maior satisfação é saber que consegui melhores estes atletas 1% que seja”.

E a cobrança que nem sempre é bem digerida, pela experiência de uma vida no futebol, o técnico diz não se importar. “Cobrei mais do que o normal, mas com um equilíbrio necessário. Mexi com eles e, mesmo que não concordem comigo, ali na frente vão agradecer o trabalho bem feito”.

Agora, com o término do seu contrato, Betinho vai atrás de novos trabalhos. “Já preciso de um próximo. Não sei até onde eu posso chegar, não sei ande está a limitação”, avisa.

Conteúdo: A+ Assessoria (@assessoriaamais)
Foto: Leo Cordier/ Barcelona

Ana Cristofani
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