Condenado a 39 anos de prisão pela morte da ex-namorada Eloá Cristina, em 2008, Lindemberg Alves passará a cumprir regime semiaberto. Ele está preso na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), desde 2008.

A decisão é da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. Em setembro de 2020, a defesa do criminoso fez o pedido, levando em consideração o tempo de pena cumprido. Por trabalhar na unidade, ele teve 313 dias de pena perdoados.

No regime semiaberto, detentos têm direito a cinco saídas temporárias no ano, entre elas no Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal.

Lindemberg recebeu uma avaliação da magistrada, que afirmou que ele “obteve resultado positivo no exame criminológico realizado, pela unanimidade dos avaliadores participantes, que o consideraram apto à usufruir do regime intermediário”. O comunicado de mudança de regime foi enviado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) na terça-feira (8). A decisão é do dia 11 de maio.

Além disso, o relatório de avaliação psicológica considerou que Lindemberg possui “agressividade e impulsividade dentro dos padrões normais” e que “arrepende-se profundamente, lamenta perda irreversível à família da vítima”.

No dia de 13 de outubro de 2008, Lindemberg invadiu o apartamento da jovem Eloá, onde ela morava com os pais em Santo André. Ele estava armado e queria reatar o namoro com a menina.

No local, o criminoso manteve Eloá e outros três colegas de escola dela como reféns – Nayara, Iago e Victor Campos. Depois, os dois meninos foram libertados. Nayara chegou a ser solta por Lindemberg em 14 de outubro de 2008, mas dois dias depois voltou ao cativeiro por orientação da Polícia Militar (PM) para tentar resgatar Eloá. Não deu certo e ela acabou sendo feita novamente refém junto com a amiga.

O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu uma bomba e invadiu o local no dia 17 de outubro de 2008, após escutar um suposto barulho de tiro, que na verdade, era o barulho de uma mesa. Antes que os policiais entrassem, o sequestrador ainda conseguiu balear Nayara, que sobreviveu, e deu dois tiros em Eloá, que morreu.

Lindemberg foi condenado a mais de 90 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada, e por mais 11 crimes cometidos durante o sequestro. Posteriormente, a Justiça reduziu sua pena para 39 anos.