Pré-candidato ao Senado pelo PSD, o presidente da Assembleia Legislativa Angelo Coronel disse não ter “problema com nenhum partido”, após o PSB vetar o seu nome na corrida eleitoral em função da exclusão da senadora Lídice da Mata da chapa majoritária. Em entrevista durante a inauguração da nova sala do Coro do Teatro Castro Alves, o parlamentar prometeu não ser vingativo.

“O PSB tem tensionado mas, inclusive, não definiu ainda os seus nomes. Só vejo o PSB dizer que não apoia o meu nome, mas eu sempre digo o seguinte: mesmo eles não apoiando o meu nome, não irei fazer nada para tirar nenhum voto deles. Muito pelo contrário, no que eu puder ajudar a candidatura da senadora Lídice da Mata a deputada federal, ou a de Marcelo Nilo a deputado federal, até mesmo do PSB, estarei pronto para abraçar e ajudar porque eu não faço política com revanchismo”, disse.
Coronel advertiu, no entanto, que a posição da legenda socialista poderá comprometer a formação do novo governo, em caso de reeleição.

“As pessoas têm que fazer política com mais racionalidade. Não tem que fazer política com o fígado. […] Tem que ter a balança eleitoral em casa para pesar. A decisão foi numérica”, afirmou. Segundo o deputado, apesar da rusga, ele “não tem problema de nenhum partido” e o PSB, que pleiteia indicar Bebeto Galvão para a suplência, poderá integrar a composição.