Exibido pela primeira vez na Bahia na quarta-feira (16), no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, o longa “A Luta do Século” fez o encerramento da programação cinematográfica do XII Panorama Internacional Coisa de Cinema.

Dirigido pelo baiano Sérgio Machado, o filme foi exibido simultaneamente em três salas, por volta das 20h da noite. Antes da exibição, a produção e as estrelas do documentário cumprimentaram o público que lotou as salas.

O baiano Reginaldo Holyfield e o pernambucano Luciano Todo Duro falaram sobre a satisfação e honra de apresentar o filme pela primeira vez na Bahia e deram uma pequena demonstração ao público da rivalidade que mantêm há mais de vinte anos.

Com poucos minutos de exibição, o longa, que registra momentos da carreira e da rixa entre dois dos maiores ídolos do boxe brasileiro, arrancou gargalhadas da plateia, principalmente pelas famosas brigas e polêmicas nas quais se envolveram Holyfield e Todo Duro fora dos ringues. Mesmo conhecendo o resultado das lutas e principalmente daquela chamada de “A Luta do Século”, realizada no ano passado com vitória para Todo Duro, o público vibrou e torceu com cada cena exibida no cinema.

Para Holyfield, apresentar o filme em casa, acompanhado de amigos, família e fãs, é motivo de orgulho e alegria. “Eu estou impressionado com a receptividade da Bahia, apesar de eu detestar esse pernambucano, o filme ficou muito bonito, já vi em outros lugares, mas assistir aqui na minha casa, do lado de gente que conhece a minha história no esporte, não tem preço”, contou.

Incentivo – A produção, que recebeu cerca de R$ 550 mil de incentivo do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA) levou o prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio 2016 em outubro e não deve parar por aí.

Com uma programação extensa de exibições de “A Luta do Século”, o cineasta baiano e diretor do documentário, Sérgio Machado, acredita que incentivos como o do edital do Governo da Bahia ajudam a criar uma cultura cinematográfica.

“Esse tipo de apoio é fundamental, sem ele não teria sido feito o filme, e é importante que ele permaneça. Para construirmos uma cinematografia é essencial que esse tipo de iniciativa continue”, contou o cineasta pouco antes da estreia.