A Comissão de Ética Pública da Presidência da República aprovou no último dia 15, uma “censura pública” ao ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima por conta do episódio no qual ele pressionou um colega do primeiro escalão a liberar uma obra em Salvador.

A censura ética é punição máxima que pode ser aplicada pela Comissão de Ética a um servidor que já deixou a administração pública. A medida funciona como uma mancha no currículo do funcionário público.

Na reunião desta quinta na qual foi definida a censura pública a Geddel, os seis conselheiros do colegiado aprovaram, por unanimidade, o parecer do relator do caso, Marcelo Figueiredo, que concluiu que o ex0ministro violou o Código de Conduta da Alta Administração Federal ao se utilizar do cargo para defender interesses privados.

Sob análise – De acordo com a comissão, Geddel já foi comunicado da repreensão pública. Além disso, o relatório aprovado foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) para que os procuradores da República analisem se o ex-ministro, além de infringir normas éticas, praticou crimes transgredindo leis da área penal, cível ou administrativa.

Geddel foi acusado no mês passado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de tê-lo pressionado para desembargar um empreendimento barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado ao Ministério da Cultura.