Esse ano de 2019 as coisas não foram como planejadas. Muitas dificuldades, Estádio Mário Pessoa (Marão) em obra e por isso, a Seleção de Ilhéus teve como seu mando de campo o Estádio Humberto Badaró, na agradável cidade de Itajuípe, há 62 km de Ilhéus. O Marão só estará pronto em janeiro de 2020!

Tudo foi trabalhado com antecedência, mas, os revezes e percalços acontecem. Toda a estrutura e logistica foi montada sob a supervisão do presidente da LIF, Quincas Ribeiro e auxiliado por seus diretores, sem deixar de citar em especial o Diretor de Esportes da Prefeitura de Ilhéus, Danilo Rabat, que foi o articulador que possibilitou uma série de situações positivas que viabilizou a participação da Seleção de Ilhéus neste Intermunicipal de 2019. Seleção está desclassificada, mas de cabeça erguida, de dever cumprido, apesar de suas limitações.

Uma seleção montada com atletas somente da cidade, e da mesma forma sua comissão técnica. E, enfrentaram dificuldades mil. Sem um campo para treinar foi a grade dificuldade de alinhamento técnico e tático da seleção. Como esperar muita coisa treinando em praia pra se jogar em gramado? Como esperar muita coisa quando se tem jogadores (alguns) que fazem o que querem? Como esperar muita coisa de jogadores que paralelamente e excepcionalmente participavam de outras competições? Como esperar muita coisa quando membros da diretoria vazavam informações e criticavam o próprio grupo?

Sabemos que não faltou luta, resistência e garra aos atletas, principalmente neste último jogo. Mas faltou experiência, faltou três ou quatro peças de jogadores ‘andados’ em campeonatos anteriores, para que pudessem somar e dar o norte na seleção. Seleção pecou quando demitiu o Técnico Jorge Souza, e demitiu por interferência externa. Pecou quando muitas das convocações foram por amizades e apadrinhamento. O Presidente pecou por acreditar em muita gente, dar carta-branca e permitir interferencia estranhas. Mas, logo após o zero a zero contra a seleção de Itarantim, (hoje em Itajuípe) já reconheceu a falha e garantiu que em 2020 a situação será diferente. “Fica difícil montar um elenco só com atletas da cidade. E, estaremos dando um novo tom na montagem do time para 2020, com mais atenção, mais responsabilidade e sempre com o meu crivo”, acrescentou.

Apesar dos pesares, a Seleção sai do campeonato respeitada, isso graças a postura de Quincas Ribeiro, que fala quando tem que falar, reta quando tem que retar, vai pra cima quando precisa ir pra cima, e ouve e recua quando precisa. Quincas engoliu muitos lagartos neste campeonato!

Quanto ao executivo não há o que se criticar. Havia um planejamento para a troca do gramado, e desde bem antes a Liga sabia da não possibilidade do uso do estádio este ano. Portanto, a responsabilidade de participar do campeonato e de levar os jogos da seleção para outra praça foi única e exclusiva da diretoria da Liga Ilheense de Futebol Amador.

De qualquer forma valeu a luta da seleção, que por apenas 1 golzinho perdeu a classificação para a cidade São José da Vitória. Uma outra coisa que deve ser registrada foi o empenho do Técnico Kaique Souza, jovem com determinação e objetividade. Quando requisitado assumiu a titularidade da Seleção sem receio algum. Sabia da sua responsabilidade e capacidade.

E, finalmente, os agradecimento ao empresário Weliton Nascimento, que espontaneamente doou R$ 64.000,00 (Sessenta e quatro mil), garantindo todo o custo da seleção de Ilhéus nesta primeira fase do Intermunicipal.

OBS. AO FINAL DO JOGO, O JORNAL DO RADIALISTA RECEBEU UM ZAP DO EMPRESÁRIO WELITON NASCIMENTO, RECONHECENDO AS DIFICULDADES, MAS, PARABENIZANDO TODA A DIRETORIA DA LIGA E O EMPENHO DOS ATLETAS.