O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, anunciou nesta última quinta-feira (15) a decisão do governo de suspender as atividades do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no país, e ordenou a saída dos seus funcionários do território venezuelano em 72 horas.

O chanceler venezuelano anunciou que a decisão foi tomada devido ao papel inadequado do gabinete: “esta instituição tem desenvolvido, que, longe de se mostrar como uma entidade imparcial, tornou-se o escritório de advocacia privado do grupo de golpistas e terroristas que conspiram permanentemente contra o país”.

A medida surge após um comunicado da entidade da ONU que manifestou “profunda preocupação” com a detenção da ativista venezuelana Rocío San Miguel, crítica do presidente Nicolás Maduro e acusada de “terrorismo”.

Durante o anúncio, ele indicou que a decisão será mantida “até que retifiquem publicamente perante a comunidade internacional a sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas”. Gil acrescentou que o governo fará uma revisão dos termos de cooperação técnica descritos na Carta de Entendimento assinada com o comissariado nos próximos 30 dias.

O gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos foi criado na Venezuela em 2019.