Candidata ao governo da Bahia, a senadora Lídice da Mata (PSB) frisou que não pretende interromper os projetos iniciados na atual administração estadual. Lídice respondeu sobre sua atuação com relação a projetos como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul para uma plateia de empresários ligados ao Grupo Lide Bahia.
“Não tenho interesse em rever nenhum projeto que está em seguimento agora – até porque nós participamos de muitos deles”, afirmou a candidata ao governo da Bahia.
Falando para um segmento econômico específico, Lídice destacou que pretende buscar soluções para as dificuldades logísticas do estado. “Um dos gargalos de desenvolvimento na Bahia é a infraestrutura e precisamos investir nisso”, afirmou.
A opinião foi compartilhada pelo candidato a vice-governador de sua chapa, Eduardo Vasconcelos (PSB). Ex-prefeito de Brumado, Vasconcelos teceu críticas ao modelo de desenvolvimento econômico brasileiro e falou em “resgate do sudoeste baiano” ao citar a necessidade de permitir com que a Fiol gere emprego e renda nas cidades cortadas pela rodovia.
A apresentação do programa de governo foi pautada pelo tom de alternativa de poder. “A e B não representam a expectativa da população”, sugeriu Vasconcelos, sem citar os adversários.
Lídice, todavia, foi mais direta. “Nosso diferencial com relação ao PT e ao PFL é que vamos implantar um modelo de gestão que não contradiz ou contrapõe os interesses do povo”, defendeu a candidata socialista.
Questionada sobre sua proximidade com o governo do estado, Lídice evitou tecer críticas à administração do governador Jaques Wagner. “Qualquer governo tem falhas”, disse “Agora não sou uma crítica irresponsável de um governo que participei, como fez o PT quando era prefeita e quando João Henrique era prefeito de Salvador”, provocou.
Inspiração
Boa parte da fala de Lídice foi direcionada a exaltar os feitos do ex-governador de Pernambuco e candidato a presidente da República Eduardo Campos. De acordo com a senadora, tanto as candidaturas do PSB nos planos nacional e estadual são “outra alternativa para o povo brasileiro e o povo baiano”.
“O nosso governo não será uma cópia do governo de Eduardo, mas com inspiração no governo de Pernambuco”, ressaltou Lídice.
Apesar de poupar nas críticas ao governador Wagner, a candidata elencou que a Bahia não seguiu totalmente os avanços sociais conquistados no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – excluindo a gestão de Dilma Rousseff.
“Na medida que o governo federal avançava nas conquistas sociais, aqui na Bahia não acompanhava o desenvolvimento. E a ampliação da base política atrapalhou a governança”, afirmou a socialista, citando a aliança plural conquistada por Wagner.
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