Primeiro, a Ambev anunciou o fim de seu camarote vip na Marquês de Sapucaí, depois de 26 anos de presença cativa no sambódromo carioca. Depois, alguns dos mais famosos blocos do carnaval de Salvador comunicaram que não desfilariam neste ano ou reduziriam o número de apresentações por causa da crise econômica e da falta de patrocínio.

As fabricantes de bebidas, tradicionais patrocinadoras das festas de carnaval, não informaram o tamanho da redução no investimento no Sambódromo e em Salvador. Mas o fato é que, com a multiplicação dos blocos e dos carnavais de rua pelo Brasil, a verba que elas destinam ao patrocínio dos festejos de fevereiro acabou se desconcentrando e foi dividida por um maior número de cidades.

“Investiremos em um mix de cidades mais importantes e em locais em que as festas são latentes. Estaremos onde entendemos que há potencial para aglomerar pessoas. Antes o carnaval era muito centralizado, agora alcança mais gente”, diz Maria Fernanda de Albuquerque, diretora de marketing da Skol, de acordo com o El País.

Rainha do camarote – Com toda essa disputa pelos blocos, a Sapucaí ficou em segundo plano. A Brahma estará dentro do Camarote 1, mas com presença bem menor do que em outros anos. O maior patrocínio no Sambódromo será do Grupo Petrópolis, dono da Itaipava, que também apoiará camarotes em Salvador e no Recife, além do pré-carnaval de Olinda, num gasto total de 32 milhões de reais. Com essas ações, espera um crescimento de 3% nas vendas no período.