A Mangueira encerrou a primeira noite de desfiles das principais escolas de samba do Rio de Janeiro retratando a Bahia. A escola contou a saga das mulheres africanas que foram escravizadas e conduzidas à Bahia, e cujos descendentes acabaram chegando ao Rio e à Mangueira.

Com um samba contagiante – que rivaliza com o da Grande Rio como o mais popular do ano – e fantasias e alegorias coloridas e adequadas ao enredo afro, a escola foi a que mais contagiou o público, apesar do adiantado da hora – terminou o desfile às 5h55.

A ministra da Cultura, a cantora e compositora Margareth Menezes, desfilou numa alegoria que representava um trio elétrico.

Unidos da Tijuca – Quarta escola a se apresentar, a Unidos da Tijuca fez uma viagem pela baía de Todos os Santos, área da costa brasileira onde estão situadas Salvador e outras cidades baianas, e surpreendeu com um efeito de luzes inédito nos desfiles.

Na comissão de frente, a atriz Juliana Alves representou Iemanjá e desfilou sobre uma pequena alegoria que interagia com a comissão de frente. Em um trecho da encenação, a iluminação da pista de desfiles era reduzida e as luzes do próprio elemento cenográfico onde a atriz estava davam a impressão de que ela levitava. O público foi ao delírio.

Mas a escola teve problemas técnicos e deve perder pontos por conta deles. O último carro alegórico bateu em um viaduto quando manobrava pra entrar na avenida e um elemento cenográfico (um farol de orientação marítima) foi danificado – atravessou a pista assim. Um tripé passou metade do desfile pendendo para a esquerda, em vez de seguir pelo meio da pista de desfile.