O juiz federal Sérgio Moro determinou na última sexta-feira (12) a suspensão, por duas semanas, da ação penal contra executivos da Odebrecht “após notícia de que acusados estariam negociando alguma espécie de acordo de colaboração”.
O juiz justificou que, como já foi encerrada a fase de instrução processual, chegando o momento do interrogatório dos acusados, seria prudente esperar o término das negociações dos acordos de colaboração, para que não fiquem comprometidos os depoimentos dos acusados.
“Encerrada a instrução, é o caso de designar os interrogatórios dos acusados. Ponderou, porém, o Juízo que há notícia de que alguns acusados, inclusive todos os presos por este processo, estariam negociando alguma espécie de acordo de colaboração, o que pode ser determinante para a posição que adotarão em seus interrogatórios nesta ação penal”, registrou Moro. “Nesta condição, com a concordância das defesas, resolvo suspender a ação penal por duas semanas.”
A decisão de Moro foi dada em termo de audiência de três testemunhas da acusação no processo em que Odebrecht e executivos do grupo são réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, decorrente da descoberta de um departamento oficial de propinas na empresa. O marqueteiro do PT João Santana também é réu nesse caso.
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