O diretor do Museu de Arte da Bahia, Pedro Arcanjo, convidou o artista plástico Juraci Dórea para inaugurar as celebrações do centenário do Museu de Arte da Bahia (MAB), administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), na quarta-feira (26), a partir das 18h, com exposição ‘Crônica Sertaneja’, quando também será lançada a marca da data, elaborada pelo programador visual João Taboada, vencedor do Concurso de Marcas do museu. Todas as atividades serão abertas ao público gratuitamente.

Segundo Arcanjo, a obra de Dórea “materializa-se em um discurso estético elaborado na angústia, delírio e resistência do povo sertanejo, construindo uma poética que dialoga com o experimentalismo por meio do desenho, objeto, fotografia e instalação, o que lhe permite conversas com o universo contemporâneo”. O convite ao artista “evidencia que o desafio da nossa gestão será transformar o MAB em um lugar de inquietações e diálogos constantes com a diversidade do nosso momento histórico. Para isso, desenvolvemos projetos que nos têm permitido estabelecer relações dialéticas entre a memória clássica do Museu e práticas museais na contemporaneidade”.

Para dialogar com Dórea, foi convidado o cineartista Caio Araújo, que ocupa o Laboratório de Experimentações Estéticas (LEE) do MAB , com o projeto ‘ O Tratado das Fusões’, apoiando-se em mídias digitais e realidades virtuais , em contraposição à materialidade da obra de Juraci . O espaço funciona em um galpão anexo a edificação principal do MAB e foi pensado para abrigar projetos experimentais em diferentes linguagens e poéticas.

Também foram convidados Ayrson Heráclito, para a curadoria do ‘ Crônica Sertaneja’, Ludmila Pimentel, para a mesma tarefa no ‘O Tratado das Fusões’, Washington Queiróz para apresentar a pesquisa sobre os vaqueiros, com a presença dos Encourados de Pedrão, e o professor Celso Benedito, que regerá a Filarmônica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), “inquietantes parceiros do MAB, que nos estimulam a tensionar os limites da prática museológica”.