O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que busca “pacificação” e passar uma “borracha no passado” durante o ato na Avenida Paulista, região central de São Paulo, neste domingo (25).

“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de continuarmos em paz. Não continuarmos sobressaltados”, disse.

Sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes ou a Polícia Federal, o ex-presidente também lamentou o que classificou como “abusos por parte de alguns”.

Bolsonaro é investigado em um inquérito que apura suposto plano golpista para mantê-lo à frente do Palácio do Planalto após a derrota nas eleições de 2022 e em outros casos, como possível desvio de joias recebidas por seu governo.

Em um trio elétrico, ao lado de autoridades, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do pastor Silas Malafaia, Bolsonaro pontuou que está sendo perseguido e negou que houve tentativa de golpe.

“Saí do Brasil e essa perseguição não terminou. É joia, é questão de importunação da baleia, dinheiro que teria mandado para fora, é tanta coisa que eles até mesmo acabam trabalhando contra si”, listou.

“O que é golpe? É arma, tanque na rua, conspiração, trazer classe política para seu lado, empresariais. Nada disso foi feito no Brasil. Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa. Golpe? Usando a constituição? Tenham santa paciência”, adicionou.

Ele também pediu ao Congresso que faça um projeto de anistia para os “pobres coitados do 8 de janeiro”, avaliando que as penas contra aqueles que invadiram as sedes dos Três Poderes “fogem ao mínimo da razoabilidade”.

Jair Bolsonaro também destacou que o ato deste domingo foi convocado para haver a “fotografia para o Brasil e mundo do que é a garra e determinação do povo brasileiro”.

“Com essa fotografia, mostramos que podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas não conseguimos entender como existe um presidente sem povo ao teu lado”, afirmou, sem citar nominalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).