Se a convenção coletiva é universal e beneficia todo trabalhador, o custeio deve ser cobrado de toda a categoria”, disse Moacyr Auersvald, presidente da NCST.
O dirigente reforça que há uma incoerência nas entidades de representação de classe. “Se a OAB, que é um pilar da democracia, obriga todo advogado a pagar a Ordem para poder exercer sua função, se o Sistema S recebe repasses bilhões, por que a entidade que representa o trabalhador deve sucumbir e ser tão prejudicada. Nós temos muitos custos para manter entidades e lutar pelos direitos das categorias que representamos. O custeio é uma questão de justiça”, completou Auersvald.
Custeio não é tudo
O procurador Bernardo Leôncio Moura Coelho, representante da Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical do Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo e da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS), participou como palestrante e ressaltou que o foco das discussões não é só custeio sindical, mas é o tema que mais chama a atenção.
“Da reforma trabalhista, o que dá mais debate nos jornais e entre empresários é o custeio sindical. Mas a reforma é bem mais ampla. Sou a favor da pluralidade sindical, por exemplo, mas deve haver regras. A estrutura sindical deve ser enxugada, existem muitos órgãos e conselhos, muita burocracia. E, se houver pluralismo sindical, as regras trabalhistas devem ser claras e precisas, para que o sindicato possa negociar com segurança e, ao mesmo tempo, as empresas tenham segurança de negociar com os maiores representantes da categoria”, ponderou.
—
Fotos: ASCOM/NCST
Para mais informações e entrevistas – Assessoria NCST
Fábio Lopes – jornalista.fabio.lopes@gmail.com | (11) 9 8726-5475
Sem Comentários!
Não há comentários, mas você pode ser o primeiro a comentar.