A consequência da situação trazida pelo óleo também preocupa quem tira o sustento do mar. Só em Ilhéus são mais de oito mil pescadores. Centenas deles se reuniram na manhã de quarta-feira (30), no Centro de Convenções da cidade para discutir o que fazer diante do problema. A convocação partiu do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

Eles estão apreensivos porque o Ministério da Agricultura proibiu até o fim do ano a pesca da lagosta e do camarão nas áreas atingidas pelo óleo. O governo também autorizou o pagamento de até duas parcelas extras do Seguro Defeso, aos pescadores atingidos. Mesmo assim, a categoria está com medo de ficar no prejuízo.

“A população não tem comprado nossos produtos. Estamos preocupados com isso. Perdemos mais de sessenta por cento da nossa comercialização. São milhares de pescadores que tiram seu sustento unicamente da pesca”, disse o presidente da Colônia de Pescadores Z34, Reinaldo Alves (Zé Neguinho) à uma emissora de TV.

Pesca liberada – Passado um dia após a reunião, o Governo Federal recuou e liberou a pesca da lagosta e do camarão. Segundo informações do site bahia.ba, apesar da liberação da pesca, o governo vai manter o pagamento de um salário mínimo para os pescadores em novembro. Ao todo, 60 mil dos mais 470 mil pescadores cadastrados do Nordeste receberão auxílio.

O seguro defeso originalmente é acionado para assegurar a reprodução. Desde o último dia 25 de outubro, os pescadores estão sem pescar. Durante reunião, o INSS orientou àqueles que ainda não tenham recebido o benefício que solicitassem junto ao órgão.  Ilhéus possui cerca de 2.700 pescadores associados à Colônia Z34.