Mulher, negra, quilombola e defensora das manifestações populares. A conselheira de cultura Pan Batista é um exemplo de como as comunidades se fortalecem à medida que lideranças locais são empoderadas e fazem ecoar a voz da sociedade civil. Pan é a primeira quilombola a fazer parte do Conselho Estadual de Cultura, assim como foi a primeira a ser contemplada com uma bolsa ofertada pelo Ministério da Educação (MEC) enquanto cursava Licenciatura em História na Universidade Federal do Recôncavo (UFRB). Nascida na comunidade Santiago do Iguape, em Cachoeira, desde cedo percebeu que a militância na área cultural era a saída para garantir que seu povo tivesse a chance de ser protagonista da própria história. “Vi muitas manifestações culturais desaparecerem do nosso quilombo por falta de visibilidade, apoio financeiro e isolamento”, lamenta. Em entrevista ao Portal do CEC, a conselheira discorre, entre outros assuntos, sobre a falta de política cultural para o Recôncavo e a importância dos Planos Municipais de Cultura.