A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, foi confirmada na tarde desta quinta-feira (09), como governadora interina. A chefe da Corte baiana assume a cadeira do Executivo a partir do próximo sábado (11).

A posse da magistrada acontece em um ato solene no Centro de Operações e Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), às 9h.

O nome da desembargadora foi consagrado à função devido a uma viagem do governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Europa, onde passará 10 dias. Naturalmente, a transmissão de cargo passaria para o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que não pode ser alçado em razão da sua pré-candidatura à prefeitura de Salvador.

Com o nome do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes (PSD), vetado para ocupar o cargo, a função passa a ser assumida de forma automática à chefe da Corte baiana.

O pessedista foi orientado por advogados a não assumir o governo da Bahia, já que sua esposa, Denise Menezes (PSD), é pré-candidata a prefeita de Campo Formoso e poderia ficar inelegível com a ascensão do marido.

A presidente do TJ-BA revela que foi surpreendida com a notícia e destaca a importância de assumir o Executivo baiano durante a ausência de Jerônimo Rodrigues (PT).

“Eu recebi essa notícia com muita surpresa, primeiro; segundo, com muita responsabilidade; e terceiro, com muita honra. A responsabilidade é muito grande de estar exercendo uma função no Executivo, ainda que interinamente. É uma honra porque é o Poder Judiciário que estará ali representado na minha pessoa. Como mulher, eu acho que é um estímulo, para que todas possam enxergar que podem chegar a um lugar de destaque na sociedade”, disse a desembargadora.

“A mensagem que eu posso passar, e agora ainda mais no cargo de governadora, é que todas as mulheres podem, também, traçar esse mesmo caminho. Tem que ter força de vontade, empenho, mas a gente pode chegar lá, sim”, acrescentou.